
A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido - quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro - enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Repleto de referências da vida do autor - entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância -, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e - por que não? - peculiares répteis neozelandeses.
Título | Tartarugas Até Lá Embaixo
Autor | John Green
Tradução | Ana Rodrigues
Editora | Intrínseca
Especificações | 272 p, brochura
Gênero | Ficção
ISBN | 978-8551002001
Classificação | ★★★★★❤
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Mapa de Indianópolis de Laura Barnard | Ilustração de Victoria Smith |
Com seis anos de abstinência Green, fui surpreendido com o lançamento de Tartarugas Até Lá Embaixo, compartilhado pelo autor como sua obra mais pessoal.
Como fã, aguardava a fórmula juvenil que sempre estivera em suas histórias: a emoção, o descobrir e se aventurar; mas desta vez foi uma experiência nova e que me levou além.
"Mas eu estava começando a entender
que a vida é uma história que contam sobre nós,
não uma história que escolhemos contar". (p.09)
No livro, conhecemos Aza Holmes, uma jovem de 16 anos que tenta ser a melhor filha, aluna e amiga todos os dias, mas ainda não se sente completa devido as espirais que a ameaçam.
Aza sofre de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) e quase todo momento sente-se controlada pelo fantasma C. diff., uma bactéria que causa infecção na parte central do intestino grosso provocando diarreia, dores de barriga e febre, onde em casos extremos leva a morte.
"O verdadeiro terror não é ter medo,
é não ter escolha senão senti-lo". (p.28)
Com sua melhor amiga Daisy, uma nerd fanfiqueira de Star Wars, embarcam numa aventura investigativa na procura do milionário desaparecido Russel Pickett, devido a sua recompensa de 100 mil dólares. Juntas, acabam invadindo a propriedade dos Pickett e se aproximam do filho do magnata, Davis Pickett, amigo de infância de Aza.
"Mas será que é amor ou apenas algo
para o qual não temos uma palavra?" (p.61)
Na busca, conseguimos sentir em como as espirais afetam Aza na amizade, família, amor e a si mesma. Entendemos que viver um mundo próprio pode acarretar em esquecimento de que existe alguém com quem podemos contar, uma pessoa que está sempre ao nosso lado, mas que também sofre.
Uma dor que se estende dos dois lados, sem controle para o tamanho de preocupação que só tende a aumentar com o tempo. Não é um romance meloso, mas conflituoso e real com suas dúvidas, agonias e obsessões.
"O problema dos finais felizes é que ou não são realmente felizes,
ou não são realmente finais, sabe?
Na vida real, algumas coisas melhoram e outras pioram.
E aí a gente morre." (p.258)
Green nos transporta por uma visão única onde entendemos o quanto a doença o afetou durante os anos e recebemos no palpável uma declaração de confiança aos leitores. Um livro único, recheado de ensinamentos e citações para guardar para sempre na mente no coração.
"Até logo. E ele diz: Até logo, Aza.
E ninguém nunca diz até logo a menos
que queira ver a pessoa novamente". (p.266)
Oi, li muitas resenhas desse livro e na maioria dos casos, elogiando. Não sou leitora do autor, mas acho que a sensibilidade com que trata certas temáticas para o público jovem atrai muitos leitores e deixa perspectivas interessante para reflexões.
ResponderExcluirJohn Green teve seus altos e baixos na literatura para jovens, mas neste ele amadureceu e conseguiu passar algo real para todos.
ExcluirOlá, do autor li "A culpa é das estrelas" e aquele de contos de natal que tem um conto dele. Este ainda não li, mas minha filha leu e não gostou tanto quanto "Cidades de papel", mas disse que foi uma boa leitura.
ResponderExcluirBjos
Vivi
http://duaslivreiras.blogspot.com/
Que bom que ela gostou. 'Cidade de Papel' e 'A Culpa da Estrela' são obras incríveis mesmo!
ExcluirEu tive ótimas experiências com o Green, assim como tive péssimas, mas esse livro eu estou sentindo que vai ser uma boa leitura. Ótima resenha!
ResponderExcluirBeijos,
Blog Diversamente
Espero realmente que seja!
ExcluirFoi o livro mais maduro do Green até o momento. Acho que essa ausência fez bem para ele. Gostei da experiência de leitura..
ResponderExcluirSai da minha Lente
Oiieee
ResponderExcluirEu não tinha muita intenção de ler um livro do Green porque outra experiência que eu tive com um livro do autor não foi boa, mas este parece ser tão sensível, maduro e aberto que fiquei curiosa e animada em dar mais uma chance pra escrita do autor, vou deixar a dica anotadinha aqui.
Beijos, Alice
www.derepentenoultimolivro.com
Olá, adorei seu post, tão completo, sempre tive muita vontade de ler o livro só que tive um pé atrás com a escrita do autor, li dois livros dele um gostei muito que foi a culpa é das estrelas e o outro odiei que foi cidades de papel, então sempre fico na dúvida.
ResponderExcluirto doida pra ler esse livro faz tempo, desde que lançou na verdade
ResponderExcluiramei sua resenha, super objetiva e me deixou com mais vontade ainda
Ah, esse livro... <3 ele traz realmente muitos ensinamentos e reflexões. É importante parar e analisar todos em nossa volta sobre algo tão comum que às vezes nem percebemos ou não damos a devida atenção. Depois de 6 anos sem obras, acho que o Green voltou com tudo!
ResponderExcluirBeijos,
Blog PS Amo Leitura
Ainda não li esse livro, e olha que tenho ele aqui em casa, na estante. Mas ouvi falar super bem mesmo, parece que a escrita do John amadureceu bastante.
ResponderExcluirBeijos
Mari
Pequenos Retalhos
Oi!
ResponderExcluirConfesso que até hoje eu só li A Culpa é das Estrelas do John Green, apesar de ter outros livros dele na minha coleção. Eu sei que Tartarugas até lá embaixo aborda temas sensíveis, mas acho que a vontade de ler nunca bateu porque se trata de YA e eu sinceramente não tenho muita paciência mais com o gênero.
Como uma pessoa que tem o TOC diagnosticado também fico com medo de esse livro trazer mais prejuízo, mas fico feliz que tenha gostado do livro.
Beijinhos
Esse livro parece ser mesmo interessante.
ResponderExcluirAmei sua resenha e confesso ter ficado curiosa para ler.
Obrigada pela dica. Beijos
Olá
ResponderExcluirPara mim esse livro foi a primeira mostra que Green evoluiu em suas obras porque a narrativa se centralizou e focou numa grandeza maior do amadurecimento da escrita dela.
Ele conseguiu concentrar o foco dele unicamente no mesmo núcleo e não trazer um final fora de contexto como em algumas de suas obras anteriores.
Espero ver mais disso.
Beijos
Acredita que nunca li nada do autor? MAs recentemente li um livro do irmão dele e adorei! Eu estou bem curiosa com esse livro e gostei bastante de ver a sua resenha sobre ele.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Li muitas críticas positivas sobre esse livro mas ainda não tive oportunidade de conhecê-lo. O único do autor que li foi A culpa é das estrelas que inclusive gostei demais. Pelas suas palavras dá para perceber o quanto gostou. Um abraço, Érika =^.^=
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